segunda-feira, 29 de março de 2010

Santíssimo Sacramento


Aproximei-me de Vós com grande assombro, ouvindo-Vos dizer que o pão que tínheis nas mãos era deveras Vosso corpo, e o cálice com vinho erguido por Vós continha deveras Vosso sangue. Foi então que ensinastes-me a não crer o que me diziam meus olhos, mas somente acreditasse o que me dizíeis Vós, meu Deus, que sempre Vos mostrais diferente do que penso que Sois, e assim me obrigais a buscar-Vos sempre além do que posso alcançar.
O que vejo no altar Sois Vós, em verdade, inteiro, e não em partes, visível atrás de véus, glorioso na simplicidade. Sois Vós, inteiro na humanidade, inteiro na divindade, e, se assim me permitis dizê-lo, tanto mais humano quanto mais Sois divino, e tanto mais divino quanto mais Sois humano, tanto mais Verbo de Deus quanto mais alimento dos homens, porque Sois sempre o Deus criador enquanto redimis a criatura ferida e perdida por sua própria culpa, alimentando a manchada carne com Vossa carne puríssima, e justificais os culpados, unindo à culpa Vossa inocência, sem poderdes manchar-Vos tornais puro o que pode tocar-Vos.
Bendito Sois, Senhor, Santíssimo Sacramento, que salvais Vossos amigos tornando-os Vosso corpo, enquanto, sem serdes consumido, os alimentais e em Vós, pouco a pouco, os transformais.

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